Existe dentro do nosso organismo uma grande arma que pode ajudar no
processo de emagrecimento e combate à obesidade. Trata-se da gordura
marrom, que acelera o metabolismo e ajuda a queimar calorias. Sua
principal função é gerar calor quando um indivíduo está exposto a baixas
temperaturas. Nos recém-nascidos ela está presente numa quantidade
considerável, já que nesta fase da vida somos incapazes de gerar outros
mecanismos de proteção contra o frio, como o tremor.
Pesquisas científicas recentes identificaram a presença do tecido
adiposo marrom também em adultos nas regiões do pescoço, abaixo da
clavícula e ao longo da espinha.
Uma pesquisa realizada por cientistas suecos identificou a queima de
calorias pela ação do tecido adiposo marrom em indivíduos que
permaneceram por duas horas em uma sala com temperatura que variou de 17
a 19 graus. Pesquisadores holandeses identificaram os mesmos resultados
em temperaturas abaixo de 16 graus.
A gordura marrom apresenta um grande papel no processo de
emagrecimento e no combate à obesidade e ao excesso de peso, pois quando
ele á ativada inicia-se um intenso processo de queima de calorias. Elas
queimam mais calorias porque são dotadas de um número maior de
mitocôndrias – estrutura celular responsável pela produção de energia.
Mas não são apenas as baixas temperaturas que ativam a gordura
marrom. Pesquisa publicada na Revista “Nature” apontou a prática de
exercícios físicos como um caminho eficaz para o aumento do gasto
calórico à partir da ação da gordura marrom.
O exercício físico aumenta no organismo a concentração do hormônio
irisina que induz à formação de tecido adiposo marrom em vez de
estimular a produção da gordura branca, aquela que guarda gordura.
Outra estratégia para elevar a produção da gordura que emagrece pode
estar na maçã e mais especificamente no ácido ursólico, presente na
casca da fruta. Num estudo realizado com animais, metade das cobaias
recebeu uma dieta rica em gordura por várias semanas. O restante ingeriu
os mesmos alimentos, em maior quantidade, mas ganhou doses diárias do
ácido ursólico. No final do experimento, os que haviam recebido
suplementos do composto engordaram menos do que os outros. O desafio
agora é provar se os mesmos resultados podem ser observados nos seres
humanos.
Em outro estudo realizado com cobaias animais, pesquisadores da
Universidade de Ohio, nos Estados Unidos observaram que ambientes ricos
em estímulo (brincadeira e atividade física e contato com outros
animais, por exemplo) são fatores que também podem ativar o tecido
adiposo marrom, o que sugere que modificações no estilo de vida são
fundamentais para o aumento da ação da gordura que emagrece!